O
nome dugongo vem da palavra malaia duyung,
que significa sereia.
Os
dugongos são mamíferos herbívoros marinhos roliços que se movimentam lentamente
e que conseguem nadar a uma velocidade de 10-12 nós. São dóceis, mas não se
aproximam muito do homem.
Vivem cerca de 70 anos e atingem a maturidade sexual
entre os 10 e os 17 anos. No entanto apresentam uma taxa de reprodução baixa
isto porque as fêmeas têm uma cria de cada vez e em cada 5 anos.
Devido
à sua baixa fecundidade e às ameaças causadas pelo Homem, nomeadamente a redução
do habitat e dos locais de alimentação (tapetes de ervas marinhas), a sobrepesa
e a captura acidental com morte subsequente, nas redes de pesca, a população de
Dugongos no Arquipélago do Bazaruto tem sido protegida desde 2006 pelo Programa
Marinho em Moçambique apoiado pelo WWF US.
Este programa teve como objectivo assegurar a conservação
da biodiversidade e processos biológicos nos principais sistemas marinhos
costeiros de Moçambique, e simultaneamente assegurar que a gestão e uso
equitativo dos recursos marinhos locais.
Segundo Lara
Muaves de Brito e Abreu, do WWF Moçambique, “Houve um aumento do número de
dugongos”. No entanto, não sabem o número, apenas que aumentou a frequência de
visibilidade. “Agora é possível andar perto do mar a ser acompanhado por
Dugongos”, acrescentou ela.
Durante os anos que vivi em
Moçambique, vi apenas, um dugongo quando fui passar um fim de semana à Inhaca.
E foi com tristeza que em 2010 li
uma notícia que dava conta da morte de dois dos três dugongos existentes nesta
ilha por pescadores pondo desta forma em causa os vários esforços de
conservação levados a cabo pelo WWF Moçambique, o governo e outros parceiros.
Para compensar em 2011, pude comprovar com alegria que
programa implementado pelo WWF Moçambique no arquipélago do Bazaruto está a dar
frutos, não só porque vi um dugongo, mas também pela conversa que tive com a
população, que se mostrou bastante sensibilizada.
Houve um ilhéu que me confidenciou que teve familiares que morreram sem terem visto um dugongo e que ele próprio, só de 2010 para cá é que tem visto com mais frequência esta espécie.
Houve um ilhéu que me confidenciou que teve familiares que morreram sem terem visto um dugongo e que ele próprio, só de 2010 para cá é que tem visto com mais frequência esta espécie.
LA.
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