domingo, 22 de abril de 2012

Os Dugongos do Parque Nacional do Arquipélago do Bazaruto


O nome dugongo vem da palavra malaia duyung, que significa sereia.

Os dugongos são mamíferos herbívoros marinhos roliços que se movimentam lentamente e que conseguem nadar a uma velocidade de 10-12 nós. São dóceis, mas não se aproximam muito do homem.

Vivem cerca de 70 anos e atingem a maturidade sexual entre os 10 e os 17 anos. No entanto apresentam uma taxa de reprodução baixa isto porque as fêmeas têm uma cria de cada vez e em cada 5 anos.

Devido à sua baixa fecundidade e às ameaças causadas pelo Homem, nomeadamente a redução do habitat e dos locais de alimentação (tapetes de ervas marinhas), a sobrepesa e a captura acidental com morte subsequente, nas redes de pesca, a população de Dugongos no Arquipélago do Bazaruto tem sido protegida desde 2006 pelo Programa Marinho em Moçambique apoiado pelo WWF US.

Este programa teve como objectivo assegurar a conservação da biodiversidade e processos biológicos nos principais sistemas marinhos costeiros de Moçambique, e simultaneamente assegurar que a gestão e uso equitativo dos recursos marinhos locais.

Segundo Lara Muaves de Brito e Abreu, do WWF Moçambique, “Houve um aumento do número de dugongos”. No entanto, não sabem o número, apenas que aumentou a frequência de visibilidade. “Agora é possível andar perto do mar a ser acompanhado por Dugongos”, acrescentou ela.

Durante os anos que vivi em Moçambique, vi apenas, um dugongo quando fui passar um fim de semana à Inhaca.

E foi com tristeza que em 2010 li uma notícia que dava conta da morte de dois dos três dugongos existentes nesta ilha por pescadores pondo desta forma em causa os vários esforços de conservação levados a cabo pelo WWF Moçambique, o governo e outros parceiros.

Para compensar em 2011, pude comprovar com alegria que programa implementado pelo WWF Moçambique no arquipélago do Bazaruto está a dar frutos, não só porque vi um dugongo, mas também pela conversa que tive com a população, que se mostrou bastante sensibilizada. 


Houve um ilhéu que me confidenciou que teve familiares que morreram sem terem visto um dugongo e que ele próprio, só de 2010 para cá é que tem visto com mais frequência esta espécie.

LA.

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